Estrutura e Custo de Capital
Estrutura de Capital
A Estrutura de Capital refere-se à proporção entre capital próprio e capital de terceiros.
Questão Central: Que Estrutura de Capital é a melhor?
Uso de Capital de Terceiros: Benefícios e Limites
Benefícios Fiscais: Através do endividamento, uma empresa pode conseguir maiores lucros devido à dedução das despesas com juros da base de cálculo do Imposto de Renda (lembrando que a remuneração de capital próprio não é dedutível, pois a fonte da distribuição de lucros é o lucro líquido após o IR). Uma carga de juros excessiva pode destruir o lucro operacional, tornando o resultado operacional nulo e, portanto, eliminando o benefício da redução do Imposto de Renda.
Risco de Falência: Por sua característica de exigibilidade, a dívida da empresa, quando não honrada, pode levar os credores a solicitar a sua falência. A incapacidade da empresa em honrar seus compromissos junto a terceiros verifica-se tanto no plano operacional quanto financeiro. Quanto mais elevada for a alavancagem operacional e a alavancagem financeira, maior é o risco de falência, sobretudo em caso de retração de mercado ou queda das atividades. O risco de falência, naturalmente, eleva drasticamente o custo de capital de uma empresa, tanto junto a credores quanto junto a investidores.
A Estrutura Ideal de Capital: Essa é uma definição aleatória, até o momento atual não se chegou a uma conclusão de qual seria a estrutura de capital ideal na composição capital próprio versus capital de terceiros.
(*) Índice de Endividamento = (Passivo Exigível / Ativo Total)
Se não há uma resposta de aplicação genérica sobre a estrutura de capital ideal, no caso específico de cada empresa pode-se dizer genericamente que a estrutura ideal é aquela que maximiza o preço de suas ações!
No exemplo comparativo apresentado anteriormente sobre uma empresa alavancada financeiramente e uma empresa não alavancada financeiramente, podemos observar que a empresa endividada possui uma estrutura mais ideal, pois o retorno por ação é maior, o que maximiza o preço das mesmas.
A chamada "estrutura de capital alvo" é justamente aquela que mantém uma combinação ótima de financiamento dividida entre capital de terceiros e próprio. Nessa "estrutura de capital alvo" entra o componente do custo de cada uma das fontes de recursos, que formarão o Custo de Capital da empresa.
Custo de Capital
Custo de Capital refere-se à remuneração dos recursos utilizados por uma empresa, ou dos capitais que financiam seus investimentos. Essa remuneração destina-se tanto aos recursos cedidos por terceiros quanto aos recursos cedidos pelos sócio-investidores.
Em relação ao conjunto de uma empresa, seu Custo de Capital é normalmente definido como o custo médio das várias fontes de recursos de longo prazo, sejam eles próprios ou de terceiros:
O Custo de Capital representa um dos parâmetros de orientação mais importantes para a Administração Financeira, com as seguintes finalidades, entre outras:
1)Determina o nível mínimo de retorno necessário para os investimentos da empresa. Ou seja, o Custo de Capital reflete o retorno mínimo exigido de cada projeto de investimento da empresa. Por isso é também chamado de “taxa de atratividade”, “taxa mínima de atratividade” ou “taxa de desconto” nos estudos de análise de investimentos .
2) É importante para decisões financeiras do tipo tomar emprestado ou buscar recursos próprios, financiar ou arrendar. A cada novo financiamento a empresa estará diminuindo ou aumentando seu Custo de Capital.
O Custo Médio Ponderado de Capital
O Custo Médio Ponderado de Capital (Weighted Average Cost of Capital - WACC) é resultado da soma da ponderação do custo de cada fonte específica de capital pela proporção do recurso de cada fonte na estrutura de capital da empresa. Assim, o CMPC pode ser dado por:
Kc= (Kd x Wd) + ( Kp x Wp) + ( Ko x Wo)
Onde:
kc = Custo médio ponderado de capital
kd = taxa de juros da dívida de longo prazo (após IR)
Wd = proporção da dívida de longo prazo na estrutura de capital da empresa
kp = custo das ações preferenciais
Wp = proporção das ações preferenciais na estrutura de capital da empresa
ko = exigência mínima de retorno dos acionistas comuns ou ordinários